Logística prejudicada

Os desafios do Sampaio Corrêa na Série B são inúmeros, e, para completar o cardápio de percalços, a equipe Tricolor ainda precisa superar o transtorno de voo cancelado, desgaste em aeroporto e acomodação inadequada em hotel improvisado por companhia aérea.

Após o jogo contra a Chapecoense, no domingo, a delegação boliviana ainda não conseguiu retornar para São Luís. Devido ao mau tempo em Chapecó, o voo que traria os jogadores de volta pra casa foi cancelado, e, com isso toda a logística acabou comprometida.

Ao chegar em Guarulhos/SP, a GOL, companhia aérea contratada pela Pallas, agência responsável pela logística da CBF, acomodou a delegação do Sampaio Corrêa em um hotel sem a mínima estrutura, distante das condições aceitáveis para uma equipe que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

“É um tremendo descaso, e o Sampaio está sendo amplamente prejudicado nisso tudo. A viagem para Chapecó, por si só, já é desgastante, e os jogadores ainda têm que ser submetidos a mais esse problema, em um hotel sem estrutura nenhuma, que serviram um jantar PF, totalmente fora dos padrões para uma equipe da Série B. É inaceitável”, desabafou o presidente Sergio Frota.

Com a logística prejudicada, a equipe do Sampaio Corrêa, que chegaria nessa segunda-feira em São Luís, só desembarcará na capital na tarde desta terça-feira, sem tempo para mais nenhum treinamento antes da partida.

Frota afirmou que solicitou junto à CBF o adiamento da partida contra o Figueirense para quinta-feira e, consequentemente, o confronto diante do Brasil de Pelotas para domingo, mas, não obteve retorno positivo da entidade.

“Adiar esse jogo era o mínimo que precisava ser feito. Estamos vindo de três derrotas, ocasionadas por erros individuais, e precisamos do tempo que for possível para corrigir esses detalhes. Sigo acreditando na equipe, no trabalho da comissão técnica, mas preciso lutar também pelos direitos do clube fora de campo”, finalizou o presidente boliviano.

Para o executivo de futebol do Sampaio, Juliano Camargo, o maior problema reside na tabela, inflexível e prejudicial aos clubes: “Antes, nós já enfrentávamos problemas com a malha aérea, e agora com a pandemia ficou tudo ainda pior. Chegamos na véspera de um jogo importante, que teve o horário antecipado, vamos jogar e na quinta já viajaremos novamente. Creio que faltou um pouco de bom senso para observar, pois o Figueirense é de Santa Catarina, e nós estávamos lá. Então, poderiam marcar os dois jogos em sequência, e evitaria esse desgaste absurdo”, observou.